#004 - O que a música está fazendo com você?
“De todos os instrumentos da educação, a música é a mais potente.” - Platão
Poucas coisas no mundo podem ter tanta influência sobre você como a música!
Eu sei que talvez isso nunca tenha passado pela sua cabeça ou tenha sido objeto de seus estudos – é por isso que eu estou aqui.
O poder invisível da música
A música tem mais poder sobre você do que você imagina. E o mais assustador é o que ela pode estar fazendo com você… sem que você perceba.
Acorda, dorme, estuda, corre, toma banho, trabalha, dirige, reza – ou ao menos acha que está rezando – e lá está ela: a arte dos sons.
Presente. Preenchendo sentimentos, mexendo com as emoções, atravessando seus sentidos, moldando – sem você perceber – aquilo que você passará a desejar, sentir, pensar e crer.
Platão já sabia disso
Há mais de 2.500 anos isso já foi ensinado, mas parece que não aprendemos!
Platão recomendava a proibição de certos tipos e estilos musicais para a cidade ideal.
Não! Ele não era um velho ranzinza incomodado com barulhos excessivos; ele apenas descobriu que a música é capaz de moldar a alma e formar o caráter.
A melodia, o ritmo, o timbre, o compasso — cada um desses elementos modela, como o cinzel modela a pedra bruta, os afetos, os pensamentos e os hábitos do ouvinte.
“Quando os modos musicais se corrompem, as leis da cidade também se corrompem.”
— Platão, República
Ou seja: um tipo de crise moral pode ser iniciada com a mudança do som, da música.
A crise moral e a música atual
Não é difícil olhar ao seu redor e perceber como a crise moral alavancou nestes últimos anos, ao mesmo tempo em que a música tem se tornado cada vez mais baixa, degradante, leviana… verdadeira pornografia sonora!
O que hoje achamos que é apenas entretenimento ou passatempo, para os gregos não tinha essa finalidade.
Era educação da alma. Era política. Era construção.
Aristóteles concordava
Ele foi a fundo:
“Ritmo e melodia imitam a raiva e a moderação, a coragem e todas as disposições do caráter; e, ao ouvi-los, tanto nossas almas se transformam.”
— Aristóteles, Política
Cada estilo de música que absorvemos, juntamente com suas letras, mexe com aquilo que de mais profundo existe em nós — em você!
O efeito da música ruim
Alguns tipos de músicas atuais têm formado, de modo muito preciso, pessoas emburrecidas!
Incapacitadas de ver o quão deploráveis e de atitudes animalescas estão se tornando; rebolam, pulam, remexem, como verdadeiros bichos que procuram o seu par para acasalar, sorriem e aplaudem-se num verdadeiro espetáculo de bestialidade!
Estão se transformando em monstros – e não estão percebendo!
A monstruosidade que cresce por dentro
O problema é que a monstruosidade não está só nos gestos exteriores. Seus corações, suas almas, também estão sendo modificados – e, cegos, não conseguem sair dessa escravidão!
E o ciclo vicioso não para: a má música molda os maus cidadãos, e os maus cidadãos criam mais músicas más!
A pergunta que não quer calar
O que você tem ouvido? Que tipo de música tem entrado pelos seus ouvidos?
“É impossível implantar a mente e os sentimentos de Cristo no terreno cheio de lama de uma música mundana.”
— Pe. Jonas Abib
Não é possível querer uma vida cristã com uma música mundana vibrando na sua mente e no seu coração.
E, nesse quesito, não é questão de você estar no controle – os efeitos da música ultrapassam sua soberba e desejo de controle!
“Mas é só uma música!”
— guincharão os frenéticos e estridentes defensores do equilíbrio cristão no mundo…
Tolos! Não, não é só uma música! É a tua alma sendo moldada!
Pode até parecer exagero… mas não é!
A música como semeadura
A música é um tipo de semeadura.
Ainda que você não veja a semente plantada crescendo no solo, ela ali está – viva e ganhando força! Os frutos virão.
Onde quero chegar com tudo isso?
Na sua consciência!
Na capacidade que você terá de verdadeiramente filtrar e escolher o que deve ouvir e o que deve rejeitar.
Sabendo que nenhuma música é inofensiva. Ela sempre cumprirá o seu próprio dever: Modificar a sua alma.
Me incomoda muito o som da bateria nas músicas, principalmente nas Santa Missas.